R I T A C A R R E G A, Lisboa, 1989. O meu nome é a minha identidade.
Licenciei-me em Design pelo IADE em 2011.
Entre 2009 e 2010 passei uma temporada em Milão em virtude do programa Erasmus.
De volta a Portugal, comecei a estudar joalharia no Ar.Co. Desde sempre fui fascinada pelo mundo da joalharia, do detalhe, do pormenor, do usar uma forma de expressão artística, do fazer, do dar forma... e ninguém me segurou até poder dedicar-me totalmente à arte dos pequenos objectos!
Actualmente, tenho o meu próprio espaço no atelier MITÓ, em Arroios, ao mesmo tempo que desenvolvo as minhas capacidades técnicas na oficina do Mestre José Maria Bulhão, em Almada.
Tenho participado em diversas exposições e mostras de joalharia; enquanto vou trabalhando tanto as minhas colecções temáticas como as criações personalizadas, ou outros projectos! É desta forma que o meu corpo de trabalho está dividido e é também nesta diversidade que melhor me sei expressar!
As minhas mãos são a minha cabeça em funcionamento. As palavras não me são tão fáceis, mas quero, com o meu trabalho, dar corpo e voz aquilo que acredito ser a joalharia do meu tempo.
C O L E C Ç Õ E S
As minhas colecções surgem de materializações de ideias, estudos, pesquisas e inspirações várias que desembocam num corpo de trabalho de várias peças diferentes com uma temática una. São colecções idealizadas e concebidas a pensar no propósito maior da joalharia- a sua utilização e harmonização com o objecto orgânico que é o corpo humano.
Os lugares que visito, sejam espaços conhecidos que já fazem parte de mim ou geografias remotas do nosso planeta; são a maior fonte de inspiração que tenho.
Fascina-me a cultura dos Homens, a forma como as sociedades humanas produziram as suas interpretações da natureza com base nas suas actividades diárias ou no entorno geográfico onde surgiram. No fundo, a génese de toda a arte - a atribuição de um significado profundo a um objecto inanimado, capaz de fazer surgir emoção e deslumbramento. É esse o mistério que exploro no meu trabalho, substanciado nas minhas colecções.
P E R S O N A L I Z A Ç Õ E S
Nos meus trabalhos personalizados dedico-me a criar objectos para casamentos e cerimónias, a dar uma segunda vida a uma peça (reparando-a ou alterando-a) e a concretizar ideias várias que os clientes me sugerem. Não quero definir limites para as minhas criações neste sentido - se tiver uma ideia para uma peça, nada como uma conversa para chegarmos a algo concretizável. Ou se tiver em casa uma jóia à qual queira dar uma nova vida, traga a peça juntamente com as suas ideias!
Os meus trabalhos personalizados vão desde peças específicas para Casamentos e Cerimónias (anéis de noivado ou alianças de casamento, brincos e peças de cabelo, boutonnières, etc) a medalhas ou objectos religiosos, assim como qualquer tipo de peça que o cliente tenha idealizado, para marcar uma ocasião especial ou oferecer um presente único.
Poucas coisas me dão tanto prazer como ver a expressão de satisfação estampada na cara dos meus clientes, quando lhes mostro a peça encomendada. O desafio de aliar a minha visão criativa ao que o cliente idealiza para a sua jóia é parte central do meu trabalho. O processo de ir ao encontro da perfeição desejada pode ser por vezes frustrante; mas poucas coisas me preenchem mais do que “acertar na mouche” - saber que a pessoa que sai do meu atelier, com uma peça feita por mim, leva no fundo o produto da fusão do seu desejo e da minha imaginação, pesquisa e dedicação total.
P R O J E C T O S
Os meus projectos são o “local espiritual” onde posso ser mais arrojada, despojando-me do convencional numa busca pela materialização de um conceito ou visão específicos. Esquecendo a exclusividade dos metais nobres no que toca à matéria-prima do projecto, obtenho uma liberdade ilimitada para criar; abrindo a minha arte a um leque mais variado de possibilidades. É nestes projectos de pesquisa irrestrita que me vou descobrindo e definindo, abrindo caminho para o trabalho mais substanciado (delineado) presente nas minhas colecções.
O meu trabalho surge através de materializações subjectivas de realidades inventadas; alterações visuais do que me exalta na natureza; ideias que me ocorrem ao espírito quando o acaso determina... Enfim, inspirações e epifanias várias que, ocorrendo normalmente depois de viagens ou períodos de quebra de rotina; me devolvem ao local de trabalho com uma pulsão criativa que é, no seu amago, a razão pela qual me dediquei a esta forma de arte.